terça-feira, 17 de novembro de 2009

P.U.L.T.S. encerra a temporada hoje à noite


Renata Aspesi e Gabriela D'Elia

O grupo P.U.L.T.S. apresenta o espetáculo Primeiros Versos, hoje às 20 horas, no Tucarena – sala de ensaio. O teatro coreográfico que já passou pelo Centro Cultural Monte Azul, Galeria Olido, Centro Cultural Rio Verde e Sala Crisantempo, termina a temporada com um debate logo após apresentação, tendo como convidado o filósofo Emílio Terron.


Clarissa Sacchelli e Maíra Barbosa


Renata Aspesi e Jorge Lima

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Última semana do espetáculo Primeiros Versos

O grupo P.U.L.T. S faz suas últimas apresentações do espetáculo Primeiros Versos - segunda composição da trilogia poética iniciada com Índice dos Primeiros Versos - durante a semana. A montagem une teatralidade dos movimentos com vídeo-arte, poesia e trilha sonora executada ao vivo.

Agenda
11 e 12/11 – Quarta e Quinta-feira às 20 horas. Centro Cultural Rio Verde
13 e 14/11 – Sexta e Sábado às 21 horas. Sala Crisantempo

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Gênese

"Escritos do processo, guardados em papel de guardanapo:
16/07/09

Primeiros versos. Ou os versos que primeiro nos vêm. Aqueles que aparecem de supetão. O princípio de uma idéia. A idéia por vir. Em devir. Aquela frase que martela, ou imagem, ou idéia de imagem, que desencadeia um todo que não se imaginava.
E não seria justamente essa a idéia?
A frase é dada. Não se sabe o que esperar. O que virá em seguida? O que será? Mistério; apertinho no peito, comichão. O mundo à sua frente. Não. Que lugar comum. Este mesmo poderia ser um verso primeiro: "que lugar comum".
Alguém se dispõe a continuá-lo?

Tentativas de primeiros versos:

Não sabia que ia dar nisso. E quem saberia?

Um dia meu pai me chamou de canto e disse: serás o problema de nossa família.

Números vizinhos. Números vazios. A casa dela. 1439.

Que fazer quando, sem razão aparente, lateja o ouvido e o silêncio não vem?

A menina escapa, pé direito na brecha da sombra de um pau ferro. Lépida.

Melhor é escrever com fome”.

Por Paula Ferrão - Intérprete do P.U.L.T.S

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ponto de interrogação ou sobre a metade do caminho

Para Marcelo Bucoff



Gabriela D'Elia e Paula Ferrão

Um dia depois do outro. Cada qual tão diferente. Impressiona, instiga, o prazer de não saber como será a próxima viagem, se chego ao fim.
Qual o próximo encontro? Ou quase encontro que me desencontra de mim mesma.
Caio?
Alguém a me salvar à beira do abismo? Espero ou me lanço de olhos fechados?
Descobrir o jeito certo que só é certo naquele exato instante do desejo.
Que histórias decidirão invadir minha cabeça e contaminar minha fala, o tom da minha voz, meu modo de ser, respirar e me reinventar? Histórias tão minhas quanto dos outros, ou da outra, tão verdadeiras quanto imaginadas - seriam elas menos verdadeiras se apenas imaginadas?
Histórias pra se contar de olhos fechados.
Ou escancarados?
Versos roubados, inventados, inacabados.
Últimos ou primeiros?

Na linha reta de uma temporada,
ele insiste,
ele entorta a minha,
a nossa reta,
ele caminha,
sempre,
rastros de um tal ponto.
"ponto de interrogação".

Por Paula Ferrão - Intérprete do P.U.L.T.S